quarta-feira, abril 01, 2009

aceitar o inaceitável

gosto de ser iconoclasta. o bom senso é de fato uma coisa entediante. relevar, tolerar, ser complascente, tudo isso é muito útil e talvez gerasse a paz no oriente médio ou no coração aos homens de boa vontade. mesmo assim, não consigo deixar de gostar da figura do revolucionário. nao aquele Che de cabelos ao vento, mas daquele que no seu dia-a-dia spicciolo faz valer o que é certo, mesmo que para isso tenha que jogar ácido nos olhos alheios e às vezes nos próprios. choveria no molhado se dissesse que não me sinto parte de um país onde a bandidagem alagoana e maranhense (mesmo pós impeachment)se serve do que é público como numa churrascaria rodízio. o mesmo poderia dizer do judiciário podre que mesmo nas mais altas instâncias não se furtam a defender interesses excusos de banqueiros-pistoleitos em detrimento do que é de todos. tá começando a ficar chato, mas como eu sei que ninguém lê isso, vou aproveitar pra vomitar essas obviedades porque talvez o cheiro azedo tire alguém desse torpor macio e morno. odeio posições blasé-alcoólatras dos que se emocionam com uma sinfonia de Beethoven mas não com a miséria de um filho. é esse tipo de canalhice dos homens de bem que permite que esse legislativo repugnante continuem limpando nossas contas bancárias quando o que eles mereciam era cavar a própria cova e pagar a bala que limparia o nosso mapa dessa sujeira podre.