terça-feira, dezembro 22, 2009

La lingua del cuore

Oggi voglio scrivere nella lingua del mio cuore. non c'é ragione stilistica per farlo. soltanto perché cosí i sentimenti mi escono naturalmente, senza il filtro della fottuta ragione. Non voglio essere disturbato da questa voce, che può essere infinitamente utile eppure uccidere quello che la sente. Finalmente godo un pó la libertá. Finalmente la mia testa é fuori l'inferno. Già so cosa dovrei fare per uscire, pero mi sentivo assolutamente incapace. e così sono diventato veramente incapace di tante cose. Io spero che questa luce che me appare ora sia qualcosa di concreto, qualcosa che rimanga. perché adesso che mi ricordo quanto é bello vedere la luna in cielo e una bella ragazza caminando tranquila o in fretta per strada vedo che qualsiasi il motivo, e voglio dire veramente qualsiasi uno, qualcuno può impazzire con l'oddio e con i sentimenti che non fluono, dunque non vale la pena. per questo vorrei registrare questo giorno, Dicembre, 21 in cui io ho rivisto la pace di spirito dopo molti anni. E prego a Dio, al diavolo o a qualsiasi uno che mi possa aiutare, per che Io la conserve.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Auto-psicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

terça-feira, dezembro 15, 2009

Depois da Chuva

Queria escrever algo bonito como uma faixa amarela no asfalto úmido. Queria que as palavras moldassem a mágica que me escapa no viver e que fizessem vibrar alguém numa mesma frequência e que me tornasse menos só. Mas essa representação ilusória não passa de um desejo infantil de compensação do não viver que se instalou em mim. Eu busco uma explicação menos clara e menos fácil porque aquilo que surge na superfície é tão execrável quanto qualquer outro sentimento mesquinho.

domingo, dezembro 06, 2009

Resposta

Não gostaria que pensasse que minha vida piorou tanto por sua causa. E nem que a sua falta me sufoca a cada dia. Também não quero que pense que os seus sentimentos pra mim não valem nada. Mas às vezes temos que tomar decisões duras que contrariam o coração na esperança de se machucar um pouco menos. E os sentimentos dos outros nem sempre são sensatos, assim como os nossos tampouco o são. Não queria que tudo acabasse assim na base do ódio e do ressentimento. Mas não podia te deixar me dominar porque então me perderia de vez.