segunda-feira, janeiro 16, 2017
Na espera
Penso, perco, passo
desde que foi espera
não me desembaraço
repiso tua quimera
Ela diz não, talvez
meu peito parte
sem querer espero
só amor não arte
Balança essa balsa minha
se lança e não resiste
foge apressada, sozinha
desse indesejo todo triste
aí afora se vai
tolerado intruso só
vaga sem mãe nem pai
todo desfeito em pó
engano se cheguei é vida
não era pra rebentar
espera assim é ferida
tempo que há de passar
Mundo digo que vim
espera a carta chegar
dentro desespero sim
disse, vou me ajeitar
Ela nada não diz
só anoitece indesejo
ao chão me achego infeliz
espera do derradeiro arpejo
a dor da falta
já não fala, murmura,
geme na noite alta
imagem câmara escura
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